Textos

Texto Oscar Araripe para a exposição Flores para Anne Frank

Cores como Flores como Luzes

Quando nasci, em 1941, Anne Frank tinha 12 anos e estava num esconderijo caçada pelos nazistas. Podíamos ter sido colegas, amigos. Aqui como lá, a Guerra, suas loucas razões, e não somente os ecos rudes da Guerra, se abateram sobre nós. Os sensíveis, os fragilizados, além dos judeus, os negros, os ciganos, os comunistas, os homossexuais, os artistas... eram os mais azarados. O medo adoecia as pessoas, ainda mais. Nosso vizinho, no bairro do Encantado, no Rio, era um quinta-coluna integralista e mantinha um rádio transmissor-receptor na sala.  As condições sanitárias eram terríveis. Na rua, passavam os carros a gazogênio. Papai adicionava sal à manteiga e a vendia para comprar comida. Eu e meu irmão Octavinho contraímos disenteria bacilar. Ele morreu um mês depois, aos três anos. Eu, desenganado, apenas sobrevivi após inúmeras lavagens intestinais e “cavalares” e desesperadas aplicações de soro. Toda minha infância, toda minha vida escolar, foi marcada por esta guerra internalizada. Anne, vítima maior dos horrores da guerra, morreu de tifo, num campo de concentração de trabalhos forçados, pouco antes do fim do conflito. Nas páginas finais de seu diário, mesmo depois de tudo que sofreu, disse achar que as pessoas, no fundo, “eram boas”. E eram. Boas pessoas a ajudaram e à sua família. Eu, jovem idealista, vivi e venci novamente a guerra nos tempos da Ditadura de 1964, quando, procurando me manter são, acreditei que “esta” humanidade não era “a” Humanidade. Continuo acreditando.

Bem, Anne Frank, autora do mais famoso diário da atualidade, de inegável e surpreendente valor literário, é o símbolo mais puro e inocente do holocausto nazista. Era apenas uma menina judia, como inúmeras outras, perseguidas, assassinadas. Homenagear e lembrar sua vida e sua obra, sublinhar sua importância, como pessoa e escritora, é relevar o Humanismo, em todos os seus aspectos, a saber: a tolerância no convívio humano, em todos os seus matizes, em defesa da Paz, da democracia, da justiça social, da dignidade da pessoa, da educação, da liberdade de informação e do diálogo cultural. O neonazismo, absurdamente crescente em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, a necessidade de a ele se opor, através da arte, da cultura e da informação, coloca a Academia Brasileira de Letras e o TJMG à altura de sua missão institucional na defesa e desenvolvimento das liberdades democráticas.

O 21 será o Século dos poetas e dos jardineiros ou não será século nenhum. A vaidade salva. Flores para Anne Frank.

Oscar Araripe

Junho de 2023

 

 

 

 

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