A tela Aquarela do Brasil, de Oscar Araripe, em homenagem a Ary Barroso, é analisada por Cravo Albin, o maior cronista vivo do Brasil
INSTITUTO CULTURAL CRAVO ALBIN CELEBRA ARY BARROSO E RECEBE AQUARELA DO BRASIL
No exato dia 07 de novembro em que o Instituto Cravo Albin lembrou ao Brasil os 120 anos de nascimento de Ary Barroso, nossa sede histórica na Urca recebeu a pintura em acrílico sobre tela sintética “Aquarela do Brasil”, feita especialmente por um dos grandes artistas do Brasil, o pintor Oscar Araripe Araripe, um dos mais celebrados artistas plásticos é também hábil escritor.
E acaba de ser eleito por unanimidade para o Pen Clube do Brasil. Ele mora atualmente na cidade histórica de Tiradentes, onde se comunica com o mundo, já que é celebrado por críticos e grandes galerias como “O Poeta da Cor”, e ostenta reconhecimento internacional em vários países do mundo.
De fato, Oscar Araripe é visto por boa parte da crítica como o mais hábil colorista do país, empregando com maestria todas as provocações pictóricas que as cores quentes do Brasil podem provocar A amizade de Cravo Albin com Oscar Araripe data de décadas no Rio quando se conheceram apresentados por Dona Zoé Chagas Freitas.
Ao receber a “Aquarela do Brasil” no Instituto da Urca, Cravo Albin exclamou: “Meu Deus, nossa casa histórica passa a ostentar em sua sede uma das mais vigorosas homenagens ao maior compositor do Brasil da opulenta Época de Ouro da MPB, os anos 30,40 e 50 Esta tela de Araripe que explode em cores, também explode no meu espírito em música, acordes, notas e sons brasileiros. Araripe conseguiu transpor para a simplicidade de uma tela uma sinfonia, uma Aquarela do Brasil tão vivaz e rica que quando me posto ante à pintura em admiração juro que um emaranhado de sons se transporta para meus ouvidos desenhando um conjunto arrebatador de porções da música universal de Ary Barroso misturando-se, interagindo, penetrando-se fragmentos azuis ou vermelhos com “Brasil, meu Brasil brasileiro, vou cantar-te nos meus versos”, fragmentos pretos, laranjas e amarelos com “meu mulato inzoneiro”, faiscantes pinceladas em roxo, rosa, ocres interagindo como se baianas em branco dançassem um samba supimpa emoldurado por galhos e folhas da fauna verdejante de nosso país.
Que provocação, meu caro Oscar! O Brasil te agradece.